
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
COM PROFECIA NÃO SE BRINCA !!!!
PROFECIA
"No dia que o homem negro de uma perna só retornar a
vida e caminhar sobre o Mar Vermelho, a América será
pequena e em breve o mundo inteiro sucumbirá!!
Os mais fieis à sua palavra, serão recompensados. E os
infiéis, retornarão pela terceira vez ao seu lugar de destino:
as Trevas!
Às margens do rio, um cabeludo erguerá o cálice
sagrado. De três se farão quatro e a quinta estrela brilhará
sobre o manto cor de sangue..."
Tradução:
Homem Negro de 1 perna só = Saci
Mar Vermelho = Torcida Colorada
América = Libertadores
Infiéis = Gremistas
Trevas = Segunda Divisão
Margens do rio = No Guaíba
Um cabeludo = Fernandão
Cálice Sagrado = troféu
Quinta Estrela = no símbolo do Inter
Manto Cor de Sangue = Camisa colorada
Vamo, Vamo Inter !
Campeão Mundial Inter Clubes FIFA 2006!
Saudações Coloradas
"No dia que o homem negro de uma perna só retornar a
vida e caminhar sobre o Mar Vermelho, a América será
pequena e em breve o mundo inteiro sucumbirá!!
Os mais fieis à sua palavra, serão recompensados. E os
infiéis, retornarão pela terceira vez ao seu lugar de destino:
as Trevas!
Às margens do rio, um cabeludo erguerá o cálice
sagrado. De três se farão quatro e a quinta estrela brilhará
sobre o manto cor de sangue..."
Tradução:
Homem Negro de 1 perna só = Saci
Mar Vermelho = Torcida Colorada
América = Libertadores
Infiéis = Gremistas
Trevas = Segunda Divisão
Margens do rio = No Guaíba
Um cabeludo = Fernandão
Cálice Sagrado = troféu
Quinta Estrela = no símbolo do Inter
Manto Cor de Sangue = Camisa colorada
Vamo, Vamo Inter !
Campeão Mundial Inter Clubes FIFA 2006!
Saudações Coloradas
EU O CALOR E A BARATA!!!
Eu, o calor e a barata
Tento abrir os olhos e quase não consigo pela
remela que insiste em não desgrudar. Um calor
insuportável. Penso em levantar, já deve ser dia.
Vou até a janela e apenas a escuridão envolve
meu olhar. Persigo o relógio que deveria estar
sobre a mesinha ao lado da cama. É claro que
sumiu e agora não vou procurar. Azar não importa
as horas. Vou tomar um copo d'água e voltar a
dormir. Chego à frente da geladeira e quem eu
encontro?! Uma maldita barata. Não é que eu
tenha medo, mas... - que nojo! Chego a sentir o mal
cheiro. Fico a pensar: Por onde ela passou, quanto
cocô, quanto mijo, argh! Não vou conseguir
dormir pensando que ela pode me atacar. Pior!
Pode entrar na minha boca quando voltar a
dormir. Começo a me coçar e parece que ela está
a subir pelas minhas pernas, nossa!-Poxa, como
não posso ficar com essa hóspede indesejável
terei que acabar com esse pesadelo. Corro até a
área para pegar a vassoura e então começa a mais
árdua luta para voltar a ter condições mentais para
dormir. -Nossa como está insuportável o calor! E
o suor escorre pela testa e a irritação aumenta
conforme a maldita barata foge e esconde-se atrás
do armário sem que eu possa vê-la. -Fica muito
difícil dormir sabendo que o inimigo fica a
espreita e inapelavelmente vai atacar assim que eu
cochilar, pior! Se piscar ela me pega. E o calor
insuportável faz com que no final da tortura eu
tenha um breve deslize. Então sinto o aproximação
rápida do ser em questão e como que acordado
por Deus nessa verdadeira cruzada me deparo
com o olhar rasteiro de sarcasmo daquele inseto
devastador dos meus sonhos que por fim cai
diante da força descomunal pelo golpe que lhe
imponho. Quando me dou conta do ocorrido
percebo que batem a porta do apartamento. Me
pergunto quem seria?! Entre um misto de espanto
e curiosidade, caminho até a porta e escuto meu
vizinho com a cara mal lavada me chingando pelo
barulho que fizera. Disposto a explicar o ocorrido
tento abrir a porta, mas noto que a chave esta
quebrada e com toda a sorte que tenho uma parte
a menor esta perdida dentro do miolo da
fechadura. Naquele instante pensa ele que estou
com medo de abrir a porta e chinga mais alto
ainda mostrando toda sua valentia e eu ali meio
com sono, cansado da luta com um pedaço de
chave na mão sem saber o que dizer. Volto até o
quarto e grito para ele vir até a janela para que eu
possa explicar, mas quando vou abri-la a tampa da
caixa que fica acima da mesma cai sobre minha
cabeça em seguida bate em minha mão causando
um corte profundo então começo a esbravejar: - Filho
da puta, vai tomar no cú e outros impropérios
daqueles que se transformam em desabafo pela
dor que sentira sem me dar conta que o vizinho
estava ali esperando uma explicação a qual se
surpreende com o vocabulário em questão. Não
preciso dizer que ele me odeia até hoje. Aquelas
alturas já quase de manhã sem entender o que
acabara de acontecer fico resignado a me
perguntar quem vencera a batalha afinal. Eu que
matei a barata ou ela que arde nos quintos dos
infernos ou onde quer que esteja deve estar rindo
pois a noite passou e o sono, ah bendito sono,
nunca mais vou recuperar. Apago a luz para
economizar e é claro pra não dizer que termina
assim ainda tomei um choque na tomada
estragada que é só pra eu saber com quem estou lidando.
É a minha vida que começa um novo ciclo.
Eu, o calor e a barata.
Tento abrir os olhos e quase não consigo pela
remela que insiste em não desgrudar. Um calor
insuportável. Penso em levantar, já deve ser dia.
Vou até a janela e apenas a escuridão envolve
meu olhar. Persigo o relógio que deveria estar
sobre a mesinha ao lado da cama. É claro que
sumiu e agora não vou procurar. Azar não importa
as horas. Vou tomar um copo d'água e voltar a
dormir. Chego à frente da geladeira e quem eu
encontro?! Uma maldita barata. Não é que eu
tenha medo, mas... - que nojo! Chego a sentir o mal
cheiro. Fico a pensar: Por onde ela passou, quanto
cocô, quanto mijo, argh! Não vou conseguir
dormir pensando que ela pode me atacar. Pior!
Pode entrar na minha boca quando voltar a
dormir. Começo a me coçar e parece que ela está
a subir pelas minhas pernas, nossa!-Poxa, como
não posso ficar com essa hóspede indesejável
terei que acabar com esse pesadelo. Corro até a
área para pegar a vassoura e então começa a mais
árdua luta para voltar a ter condições mentais para
dormir. -Nossa como está insuportável o calor! E
o suor escorre pela testa e a irritação aumenta
conforme a maldita barata foge e esconde-se atrás
do armário sem que eu possa vê-la. -Fica muito
difícil dormir sabendo que o inimigo fica a
espreita e inapelavelmente vai atacar assim que eu
cochilar, pior! Se piscar ela me pega. E o calor
insuportável faz com que no final da tortura eu
tenha um breve deslize. Então sinto o aproximação
rápida do ser em questão e como que acordado
por Deus nessa verdadeira cruzada me deparo
com o olhar rasteiro de sarcasmo daquele inseto
devastador dos meus sonhos que por fim cai
diante da força descomunal pelo golpe que lhe
imponho. Quando me dou conta do ocorrido
percebo que batem a porta do apartamento. Me
pergunto quem seria?! Entre um misto de espanto
e curiosidade, caminho até a porta e escuto meu
vizinho com a cara mal lavada me chingando pelo
barulho que fizera. Disposto a explicar o ocorrido
tento abrir a porta, mas noto que a chave esta
quebrada e com toda a sorte que tenho uma parte
a menor esta perdida dentro do miolo da
fechadura. Naquele instante pensa ele que estou
com medo de abrir a porta e chinga mais alto
ainda mostrando toda sua valentia e eu ali meio
com sono, cansado da luta com um pedaço de
chave na mão sem saber o que dizer. Volto até o
quarto e grito para ele vir até a janela para que eu
possa explicar, mas quando vou abri-la a tampa da
caixa que fica acima da mesma cai sobre minha
cabeça em seguida bate em minha mão causando
um corte profundo então começo a esbravejar: - Filho
da puta, vai tomar no cú e outros impropérios
daqueles que se transformam em desabafo pela
dor que sentira sem me dar conta que o vizinho
estava ali esperando uma explicação a qual se
surpreende com o vocabulário em questão. Não
preciso dizer que ele me odeia até hoje. Aquelas
alturas já quase de manhã sem entender o que
acabara de acontecer fico resignado a me
perguntar quem vencera a batalha afinal. Eu que
matei a barata ou ela que arde nos quintos dos
infernos ou onde quer que esteja deve estar rindo
pois a noite passou e o sono, ah bendito sono,
nunca mais vou recuperar. Apago a luz para
economizar e é claro pra não dizer que termina
assim ainda tomei um choque na tomada
estragada que é só pra eu saber com quem estou lidando.
É a minha vida que começa um novo ciclo.
Eu, o calor e a barata.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Luis Fernando Veríssimo
De LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
Exigências da vida moderna (Quem agüenta tudo isso??)
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.
Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher na cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal... Tchau.... Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.
Luís Fernando Veríssimo
Exigências da vida moderna (Quem agüenta tudo isso??)
Dizem que todos os dias você deve comer uma maçã por causa do ferro.
E uma banana pelo potássio.
E também uma laranja pela vitamina C.
Uma xícara de chá verde sem açúcar para prevenir a diabetes.
Todos os dias deve-se tomar ao menos dois litros de água.
E uriná-los, o que consome o dobro do tempo.
Todos os dias deve-se tomar um Yakult pelos lactobacilos (que ninguém sabe bem o que é, mas que aos bilhões, ajudam a digestão).
Cada dia uma Aspirina, previne infarto.
Uma taça de vinho tinto também.
Uma de vinho branco estabiliza o sistema nervoso.
Um copo de cerveja, para... não lembro bem para o que, mas faz bem.
O benefício adicional é que se você tomar tudo isso ao mesmo tempo e tiver um derrame, nem vai perceber.
Todos os dias deve-se comer fibra.
Muita, muitíssima fibra.
Fibra suficiente para fazer um pulôver.
Você deve fazer entre quatro e seis refeições leves diariamente.
E nunca se esqueça de mastigar pelo menos cem vezes cada garfada.
Só para comer, serão cerca de cinco horas do dia...
E não esqueça de escovar os dentes depois de comer.
Ou seja, você tem que escovar os dentes depois da maçã, da banana, da laranja, das seis refeições e enquanto tiver dentes, passar fio dental, massagear a gengiva, escovar a língua e bochechar com Plax.
Melhor, inclusive, ampliar o banheiro e aproveitar para colocar um equipamento de som, porque entre a água, a fibra e os dentes, você vai passar ali várias horas por dia.
Há que se dormir oito horas por noite e trabalhar outras oito por dia, mais as cinco comendo são vinte e uma. Sobram três, desde que você não pegue trânsito.
As estatísticas comprovam que assistimos três horas de TV por dia.
Menos você, porque todos os dias você vai caminhar ao menos meia hora (por experiência própria, após quinze minutos dê meia volta e comece a voltar, ou a meia hora vira uma).
E você deve cuidar das amizades, porque são como uma planta: devem ser regadas diariamente, o que me faz pensar em quem vai cuidar delas quando eu estiver viajando.
Deve-se estar bem informado também, lendo dois ou três jornais por dia para comparar as informações.
Ah! E o sexo! Todos os dias, tomando o cuidado de não se cair na rotina.
Há que ser criativo, inovador para renovar a sedução.
Isso leva tempo e nem estou falando de sexo tântrico.
Também precisa sobrar tempo para varrer, passar, lavar roupa, pratos e espero que você não tenha um bichinho de estimação.
Na minha conta são 29 horas por dia.
A única solução que me ocorre é fazer várias dessas coisas ao mesmo tempo!!!
Por exemplo, tomar banho frio com a boca aberta, assim você toma água e escova os dentes.
Chame os amigos junto com os seus pais. Beba o vinho, coma a maçã e a banana junto com a sua mulher na cama.
Ainda bem que somos crescidinhos, senão ainda teria um Danoninho e se sobrarem 5 minutos, uma colherada de leite de magnésio.
Agora tenho que ir
É o meio do dia, e depois da cerveja, do vinho e da maçã, tenho que ir ao banheiro. E já que vou, levo um jornal... Tchau.... Se sobrar um tempinho, me manda um e-mail.
Luís Fernando Veríssimo
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
ZÉ ROBERTO DEPOIMENTO
Essa carta, "um primor de desabafo" deveria ser enviada ao Lula e seus asseclas do Congresso Nacional.
JOGADOR ZÉ ROBERTO (ex-Santos) SE DESPEDE DO BRASIL
"Inicialmente gostaria de expressar minha gratidão ao Brasil. Foi comprazer que por muito tempo defendi a camisa canarinho e me orgulhei de ser brasileiro.Infelizmente este país não faz mais parte de mim. Por muitos anos vivicom minha família na Alemanha e me identifiquei completamente com o país.A despeito de certos intolerantes e racistas, que são minoria, minha família se integrou totalmente ao modo de vida alemão. Minhas filhas mal falam português e são totalmente fluentes em alemão.Para voltar ao Brasil, isto pesou muito. Queria que elas se sentissem,mo me sentia, brasileiro. Queria que conhecessem o meu país, que falassem a minha língua nativa, queria mostrar o lado bom do Brasil, um pouco diferente daquilo que volta e meia aparece nos noticiários de TV alemão.A tentativa foi em vão. Muito embora tenhamos ficado em uma cidade muito acima da média do padrão de vida brasileiro, os males que a assolam me parecem regra, não exceção na vida brasileira. Não nos era permitido andar sem seguranças; Minhas filhas não podiam em hipótese alguma passear ou brincar na rua; Ir à praia que fica a menos de 100m de nosso apartamento também era contra a recomendação do que nos passavam os seguranças e companheiros de clube.Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos. Mesmo sendo um ídolo local, o risco parecia nos acompanhar a cada esquina virada, a cada momento em que passeávamos. A sombra do sequestro ocorrido dois anos atrás com outro ídolo local,Robinho,nos perseguia por todos os lados.Assistir o noticiário televisivo alimentava ainda mais nossos medos.Por sorte, minhas filhas não entendem muito bem português. Se entendessem,descobririam um país em que o crime está por todos os lados: está nas escolas, está nas faculdades, está no Judiciário, está no Congresso e está até mesmo na família do presidente. Imagino o choque cultural para elas, criadas em um país com padrões morais tão rígidos. Me ponho no lugar delas e penso como deve ter sido desagradável esta estadia no Brasil. O que pensavam quando dizíamos que elas não podiam andar livremente nas ruas? O que pensavam quando dizia que era melhor não dizer às amigas que eram minhas filhas? Como entendiam que não brincar na rua, que não passear em parques e que sempre andar com aqueles homens que não conheciam era o melhor para elas?Minhas filhas devem ter detestado o Brasil. Foi com muita alegria que receberam a notícia de que voltaríamos à Alemanha. Além da segurança,há a questão da discriminação. Embora etnicamente muito diferente dapopulação local, minhas filhas sempre foram respeitadas e nunca vistas com menosprezo. Aqui no Brasil, onde todas as raças se misturaram e não dá para saber quem é o que, sofríamos com um tipo de discriminação inimaginável para elas: Éramos vistos como anormais por nossa religiosidade. Por aqui imaginam que negros sofram de racismo na Alemanha, mas praticam uma intolerância inexplicável por sermos evangélicos. Ou, como é dito pejorativamente por aqui,somos "CRENTES", palavra carregada de maus juízos. Dentro do futebol,jogadores como euque se organizam em grupos chamados de "Atletas de Cristo" são vistos com ressalvas, especialmente pela mídia que acompanha o esporte.Por todos estes motivos, levo minha família de volta à Europa. Pelo meu sucesso e também pelas nossas escolhas, o Brasil se tornou um suplício para aqueles a quem mais amo. Batalhei a vida inteira para sair da pobreza e ter sucesso profissional. Acima de tudo isto, sempre busquei construir uma família feliz e correta. Hoje, a felicidade de minha família tem como pré-requisito afastá-las do Brasil. Por isto que, ainda que com tristeza, faço o melhor para elas.Aos meus fãs, muito obrigado. Ao Brasil, boa sorte." ZÉ ROBERTO
JOGADOR ZÉ ROBERTO (ex-Santos) SE DESPEDE DO BRASIL
"Inicialmente gostaria de expressar minha gratidão ao Brasil. Foi comprazer que por muito tempo defendi a camisa canarinho e me orgulhei de ser brasileiro.Infelizmente este país não faz mais parte de mim. Por muitos anos vivicom minha família na Alemanha e me identifiquei completamente com o país.A despeito de certos intolerantes e racistas, que são minoria, minha família se integrou totalmente ao modo de vida alemão. Minhas filhas mal falam português e são totalmente fluentes em alemão.Para voltar ao Brasil, isto pesou muito. Queria que elas se sentissem,mo me sentia, brasileiro. Queria que conhecessem o meu país, que falassem a minha língua nativa, queria mostrar o lado bom do Brasil, um pouco diferente daquilo que volta e meia aparece nos noticiários de TV alemão.A tentativa foi em vão. Muito embora tenhamos ficado em uma cidade muito acima da média do padrão de vida brasileiro, os males que a assolam me parecem regra, não exceção na vida brasileira. Não nos era permitido andar sem seguranças; Minhas filhas não podiam em hipótese alguma passear ou brincar na rua; Ir à praia que fica a menos de 100m de nosso apartamento também era contra a recomendação do que nos passavam os seguranças e companheiros de clube.Todo o tempo que estivemos no Brasil, ainda que livres fisicamente, éramos reféns psicológicos. Mesmo sendo um ídolo local, o risco parecia nos acompanhar a cada esquina virada, a cada momento em que passeávamos. A sombra do sequestro ocorrido dois anos atrás com outro ídolo local,Robinho,nos perseguia por todos os lados.Assistir o noticiário televisivo alimentava ainda mais nossos medos.Por sorte, minhas filhas não entendem muito bem português. Se entendessem,descobririam um país em que o crime está por todos os lados: está nas escolas, está nas faculdades, está no Judiciário, está no Congresso e está até mesmo na família do presidente. Imagino o choque cultural para elas, criadas em um país com padrões morais tão rígidos. Me ponho no lugar delas e penso como deve ter sido desagradável esta estadia no Brasil. O que pensavam quando dizíamos que elas não podiam andar livremente nas ruas? O que pensavam quando dizia que era melhor não dizer às amigas que eram minhas filhas? Como entendiam que não brincar na rua, que não passear em parques e que sempre andar com aqueles homens que não conheciam era o melhor para elas?Minhas filhas devem ter detestado o Brasil. Foi com muita alegria que receberam a notícia de que voltaríamos à Alemanha. Além da segurança,há a questão da discriminação. Embora etnicamente muito diferente dapopulação local, minhas filhas sempre foram respeitadas e nunca vistas com menosprezo. Aqui no Brasil, onde todas as raças se misturaram e não dá para saber quem é o que, sofríamos com um tipo de discriminação inimaginável para elas: Éramos vistos como anormais por nossa religiosidade. Por aqui imaginam que negros sofram de racismo na Alemanha, mas praticam uma intolerância inexplicável por sermos evangélicos. Ou, como é dito pejorativamente por aqui,somos "CRENTES", palavra carregada de maus juízos. Dentro do futebol,jogadores como euque se organizam em grupos chamados de "Atletas de Cristo" são vistos com ressalvas, especialmente pela mídia que acompanha o esporte.Por todos estes motivos, levo minha família de volta à Europa. Pelo meu sucesso e também pelas nossas escolhas, o Brasil se tornou um suplício para aqueles a quem mais amo. Batalhei a vida inteira para sair da pobreza e ter sucesso profissional. Acima de tudo isto, sempre busquei construir uma família feliz e correta. Hoje, a felicidade de minha família tem como pré-requisito afastá-las do Brasil. Por isto que, ainda que com tristeza, faço o melhor para elas.Aos meus fãs, muito obrigado. Ao Brasil, boa sorte." ZÉ ROBERTO
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